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Rei Bebê: qual a sua relação com a dependência química?

Qual a relação entre o Rei Bebê e a dependência química? Se você nunca ouviu falar neste termo, continue lendo o artigo e entenda tudo sobre o Rei Bebê, termo da psicologia que vai de encontro com a doença da adicção.

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Quem é o Rei Bebê?

Para compreendermos o Rei Bebê, vamos imaginar os momentos que estamos dentro do ventre de nossa mãe. Sentimos calor, segurança, conforto, liberdade e poder. Todas as nossas necessidades são satisfeitas, somos o centro do nosso universo.

Além disso, a infância também encoraja as nossas atitudes de Rei Bebê: as nossas exigências ruidosas de alimento, atenção e carinho são imediatamente atendidas.

Portanto, somos de novo o centro de um vasto reino. Isto é, os nossos desejos são da máxima importância.

Uma vez que passamos por processos naturais de maturação da infância e do estado adulto, a maior parte da nossa mentalidade de Rei Bebê é abandonada e substituída por atributos que permitem uma maior capacidade de adaptação.

No entanto, alguns avançam através dos estágios do desenvolvimento físico sem desprender desta criatura imatura.

Ou seja, para nós, o Rei Bebê nunca esquece a aconchegada e maravilhosa segurança da vida pré-natal e infantil e tentará constantemente voltar a experimentá-la.

 

Características do Rei Bebê

Ao tentarem recuperar a segurança da infância, os Reis Bebês continuam a funcionar com base nos mesmos sentimentos que, muito tempo atrás, tanto os gratificaram.

“Quando os traços infantis se mantêm na idade adulta, diz-se que a pessoa é imatura”, visto que esta imaturidade está ligada aos traços de sentimentos de onipotência, incapacidade de aceitar frustrações e fazer as coisas sem pensar.

 

O Rei Bebê pode apresentar as seguintes características:

  • Ficam muitas vezes irritados com as pessoas que representam autoridade ou com receio delas e tentam pô-las uma contra as outras de modo a conseguirem o que querem;
  • Procuram aprovação e frequentemente perdem a sua própria identidade no decorrer do processo;
  • São capazes de causar uma boa primeira impressão, mas incapazes de a manter;
  • Têm dificuldades de aceitar críticas pessoais e sentem-se ameaçados e irados quando são criticados;
  • Têm personalidade adictiva e deixam-se levar a extremos;
  • Não se aceitam ou alienam-se de si mesmos;
  • Ficam muitas vezes imobilizadas pela ira, frustrações e raramente estão satisfeitos;
  • Sentem-se geralmente sozinhos mesmo quando rodeados de pessoas;
  • Estão sempre se queixando e culpam os outros do que lhes acontece de mal na vida;
  • Sentem que não são apreciados e que não pertencem;
  • Veem o mundo como uma selva cheia de pessoas egoístas que não estão disponíveis para eles;
  • Encaram tudo como uma catástrofe, como uma situação de vida ou de morte;
  • Julgam a vida em termos absolutos: preto ou branco, certo ou errado;
  • Vivem no passado, ao mesmo tempo em que receiam o futuro;
  • Têm fortes sentimentos de dependência e um medo exagerado do abandono;
  • Possuem medo do insucesso e da rejeição e não tentam fazer coisas novas que possam vir a falhar;
  • Têm a obsessão do dinheiro e das coisas materiais;
  • Sonham com planos e esquemas grandiosos e tem pouca capacidade de fazer com que eles aconteçam;
  • Não podem tolerar a doença neles ou nas outras pessoas;
  • Preferem agradar aos superiores e intimidar os subordinados;
  • Acham que as regras e as leis são para os outros e não para eles próprios;
  • Tornam-se frequentemente adictos da excitação e de uma vida de frenesi;
  • Guardam para si as emoções dolorosas e perdem o contato com os seus sentimentos.

 

A criança assustada e o Rei Bebê

Muitos adictos têm dentro de si uma mulher ou um homem assustado, solitário e envergonhado que murmura contra si os próprios pensamentos derrotistas, baseados numa vida inteira de mensagens negativas. Por isso, constantemente se comparam aos outros e sentem que não estão à altura deles.

Assim, estes sentimentos de falta de valor próprio, de culpabilização, e de não pertencer, tomam-se no núcleo central da nossa personalidade. O Rei Bebê – ser egoísta e exigente – emerge como reação a estes sentimentos de vergonha e de inadequação.

Ao lutarmos de forma infantil para sermos aceitos e agradarmos aos outros, começamos a procurar coisas exteriores para nos sentirmos melhor por dentro.

Isto é, vestuários de alta costura, carros de corrida, namoradas ou namorados giros, drogas e a excitação de uma vida frenética ajudam a acalmar o nosso sofrimento.

Criamos uma aparência atrativa, magnética, encantadora para conseguirmos o que queremos. Sendo assim, usamos expedientes como a procura do prazer, a procura do poder e a procura de atenção para preencher o vazio, mas o vazio mantém-se. De tal forma que não há amor, estatuto, dinheiro ou fama que cheguem para a criança assustada que existe em nós.

Considerando tudo isto como uma fraqueza, a parte de nós que corresponde ao Rei Bebê tentará destruir, atacar e pôr de lado a nossa criancinha assustada. Ao negar estes sentimentos, o Rei Bebê encobre, em última análise, o fato de a criancinha assustada existir.

 

Rei Bebê e a luta interior

Compreender o Rei Bebê é difícil porque as coisas nunca são aquilo que parecem ser à superfície. Existem dois fatores principais de motivação: em primeiro lugar a criança assustada, solitária, que não quer ser mais magoada e, em segundo lugar, o Rei Bebê que nunca está satisfeito.

Quando a criança receosa que existe em nós ouve a palavra NÃO, uma mensagem interior diz-nos que somos maus. Sentimo-nos amados quando somos acarinhados, e não amados quando nos corrigem ou nos ralham. Quando somos criticados, a nossa imaturidade insiste no direito de fazermos o que entendermos e argumenta que, se somos amados, os outros devem deixar-nos fazermos o que queremos. Muitas vezes as nossas manipulações permitem-nos ganhar.

Ambas as facetas – a criança medrosa e o Rei Bebê exigente – ficam temporariamente satisfeitas se criarmos a pessoa que pensamos que os outros querem que sejamos. No entanto, a base para uma recuperação duradoura será a criança assustada readquirir o sentimento do próprio valor e aprender a controlar os comportamentos de Rei Bebê.

 

Concluindo

A nossa mentalidade de Rei Bebê insiste em que dirijamos as nossas vidas e controlemos as nossas vontades. Mas, ao agirmos assim, o Rei Bebê impede a nossa recuperação saudável.

Temos de renunciar aos traços infantis da nossa personalidade antes que nossa doença possa ser totalmente dominada. A personalidade compulsiva do Rei Bebê pode acelerar a adicção ou conduzir para uma recaída.

Temos que nos manter conscientes destas tendências ao trabalharmos o nosso programa de recuperação de Doze Passos.

 

 

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Caso tenha alguma dúvida sobre este tema, ou queira conhecer melhor o nosso tratamento para dependência química, entre em contato, pois estamos à disposição para responder e ajudar.

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